Cacoal
Município brasileiro do estado de Rondônia
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Cacoal
Estado de Rondônia
História Regional
O povoamento da região onde formou se o município Cacoal teve início no final do século XIX, no Primeiro Ciclo da Borracha. Na época, embarcações transportando seringalistas, seringueiros e mercadorias subiam pelo rio Machado (que também é denominado Jiparaná) com destino aos diversos seringais ou a colocação de seringueiros isolados na floresta e desciam carregados com látex.
Na foz do rio Urupá, no rio Machado, iniciou a formação de um povoado que foi denominado Urupá, Afonso Pena, Vila Rondônia, hoje cidade de Ji-Paraná. E, próximo da junção dos rios Comemoração e Pimenta Bueno, onde forma o rio Machado a Comissão Rondon, comandada pelo engenheiro militar Candido Mariano da Silva Rondon, instala em 1914 um posto telegráfico e o denominou Pimenta Bueno, início da formação da cidade de Pimenta Bueno.
A região que desde o final do século XIX era ocupada por seringueiros, isolados na floresta e distantes entre eles, foi no início do século XX explorada pela Comissão Rondon que instalou na margem do rio Machado as Linhas Telegráficas Estratégicas do Mato Grosso ao Amazonas.
Na época do ciclo da borracha a produção era levada em embarcações pela hidrovia rio Machado, Madeira e Amazonas para as cidades de Manaus, AM, e Belém, PA. As mercadorias para abastecer a população chegavam pela mesma hidrovia. A comunicação com Porto Velho, RO, ou Cuiabá, MT era praticamente inexistente.
Na ocasião da instalação das linhas telegráficas o guarda fio Anízio Serão requereu do governo uma área para a exploração da extração de látex, na região havia diversos cacaueiros nativos, portanto ele o denominou seu espaço territorial de seringal Cacaual. Pertencia ao estado de Mato Grosso.
Em 1943 foi criado o do Território Federal do Guaporé o rio Machado era a divisa entre o Território e o estado de Mato Grosso. Em 1945 ocorre modificação nos limites e a margem direita também foi anexada ao mesmo território, foi extinto o município de Santo Antônio do Rio Madeira e a área anexada ao um município de Porto Velho.
No ano de 1960, o presidente Juscelino Kubitschek resolveu implantar uma rodovia ligando Brasília, DF, a Rio Branco, estado do Acre. Um curto espaço de tempo para construir uma rodovia extensa, na floresta Amazônica. Diversas empresas construtoras foram contratadas para realizar os serviços em vário trecho da extensão da rodovia. Porém, chega o período chuvoso e precisava inaugurar a rodovia que ainda não estava concluída, para dar a sensação de implantada à rodovia.
Uma caravana “denominada Caravana Ford” que saiu de São Paulo, SP, com destino a Porto Velho, RO, capital do então Território Federal de Rondônia, passou pelo seringal Cacaual no mês de novembro de 1960. Naquela época, no espaço rondoniense era predominante à floresta nativa e os tratores e outros equipamentos rodoviários de empresas construtoras que estava implantando a BR 364 quebravam o silencio da selva Amazônica, estava abrindo o caminho para a colonização agrícola do espaço rondoniense até então vazio.
O governo federal determinou, no ano de 1966, ao 5º BEC a missão de concluir a implantação da rodovia hoje denominada BR 364.
Com a implantação da rodovia federal BR 364, década de 1960, passa chegar ao espaço rondoniense a migração de pessoas ligas ao cultivo da agricultura e da pecuária.
O governo federal resolve colonizar as terras na região do seringal Cacaual, para tanto o INCRA cria em 1972 o Projeto Integrado de Colonização GY-Paraná, popularmente mais conhecido por PIC Gy-Paraná.
A notícia chegou ao conhecimento de migrantes procedentes de diversas regiões brasileiras que ali seria distribuído lotes rurais de terras pelo governo federal através do INCRA, primeiros migrantes procedentes do estado do Paraná, do Espirito Santo e de outros estados foram se instalando e passaram a construir casas em madeiras rusticas.
O povoado iniciado nas margens da BR 364 crescia com rapidez e com cinco (5) anos dos primeiros barracos foi elevado à categoria de cidade com a denominação Cacoal, sede do município de mesmo nome.
O governo federal, período militar, resolveu colonizar as terras do então Território Federal de Rondônia. Para tanto, cria no ano de 1970, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA que inicia a colonização das terras rondonienses na região de Ouro Preto do Oeste.
PIC Gy-Paraná, Colonização
No ano de 1968, o governo federal por decreto, citando ser de interesse social e para fins de colonização, declara desapropriadas as margens da BR 364. Porém, na região do igarapé Pirarara, antes de o INCRA iniciar a implantação do projeto de colonização migrantes haviam comprado área de ocupação de terras as margens da rodovia.
Em 16 de junho de 1972, pela portaria nº 1.443/1972 o INCRA cria o Projeto Integrado de Colonização Gy-Paraná (PIC Gy-Paraná) e implanta na região que deu origem a formação da cidade de Cacoal e das cidades de Ministro Andreazza, Rolim de Moura, Santa Luzia d'Oeste, Novo Horizonte do Oeste e Castanheiras.
Para implantar o Projeto Integrado de Colonização Gy-Paraná o INCRA contratou empresa topográfica para realizar a demarcação das linhas, distantes entre elas quatro quilômetros, e dos lotes rurais em tamanho médio de cem hectares, sendo aproximadamente de quinhentos metros de frente com as linhas e dois mil metros de fundo.
Com o serviço de topografia das linhas e dos lotes rurais em andamento o INCRA inicia o processo de seleção de famílias aptas para receber área de terra. Naquela ocasião, chegavam diariamente caminhões carregados com famílias de colonos procedentes de diversos estados da federação, mas principalmente do estado do Paraná, Espirito Santo e Minas Gerais.
É bom lembra que os migrantes que haviam comprado área de posse também foram assentados em lote rural com o mesmo tamanho de área dos demais colonos aptos para o assentamento.
No início da década de 1970, era difícil, quase impossível, encontrar materiais para construção na região da margem do rio Machado, ocasião do início da formação do povoado denominado Nova Cassilândia, que deu origem à formação da cidade de Cacoal, no estado de Rondônia. Portanto, os colonos utilizavam de madeira in natura, ou seja, sem beneficiamento, o telhado era de tabuinha, ou seja, pequenos pedaços de madeira, tirados geralmente com machado ou machadinha. Veja que a casa ao lado foi construída com madeira e rebocada com barro. Tudo era muito simples, porém, colonos com vontade de adquirir lotes rurais e iniciar uma nova realidade chegavam diariamente.
A rodovia federal, BR 364, que teve sua implantação iniciada em 1960 por diversas empresas construtoras foi concluída no ano de 1968. Sendo o trecho no estado de Mato Grosso pelo 9º BEC, e o trecho no espaço rondoniense pelo 5º BEC. Entre 1968 e 1973 era um estradão carros trafegava em alta velocidade. A rodovia que era encascalhada com o movimento que aumentava gradativamente foi aos poucos sendo destruída. Assim, no período chuvoso entre 1973 e 1984 passou a se formar enormes atoleiros. Na época quem fazia a linha de ônibus de Cuiabá, MT a Porto Velho, RO, era as empresas Viação Motta e Empresa de Transporte Andorinha S/A. Nos trechos de atoleiros passageiros tinha que descer para empurrar o ônibus e andava centenas de metros correndo atrás do ônibus.
No comércio de Cacoal era comum faltar alimentos, medicamentos, legumes, entre outros produtos. Para não faltar em casa a população comprava em quantidade para ter no período chuvoso.
O governo federal, pelo Decreto nº 86.029, sancionado no dia 27 de maio de 1981, cria o programa POLONOROESTE. Entre seus objetivos previa a pavimenta da rodovia BR 364 de Cuiabá, MT, a Porto Velho, RO. Diversas construtoras foram contratadas, que instalaram frentes de serviços ao longo da rodovia.
No final do ano de 1984, o presidente João Batista de Figueiredo realiza eventos de inauguração em diversas cidades do estado de Rondônia.
Com a pavimentação da rodovia BR 364 chegam ao fim às dificuldades de transportes, de passar por atoleiros no período de chuvas e no período de seca a poeira dificulta a visibilidade causando muitos acidentes.
A pavimentação da BR 364 resolveu uma situação que dificultava a vida da população cacoalense e contribuiu para o desenvolvimento do estado de Rondônia.
Formação da cidade
A formação da cidade de Cacoal teve início com as famílias de Jesuíno Rodrigues d'Ávila, Manuel Gomes dos Santos, Ciriaco do Nascimento e Pedro Alves correia que, procedentes do estado do Paraná chegaram nas margens do igarapé Pirarará com a BR 364 em 05 de junho de 1972 e, as famílias de Abes Antenor Nunes de Oliveira, Francisco Nominato Fritz, Colares Rabelo e Antônio Petroni que, procedentes do estado do Espírito Santo chegaram em 10 de junho do mesmo ano, poucos dias depois chegaram as famílias de João José dos Santos e Valdir dos Carvalhos.
Essas famílias chegaram às margens do igarapé Pirarará com a BR 364 antes do INCRA criar o Projeto Integrado de Colonização - Gy-Paraná, mas ficaram sabendo que seria implantado na região um importante projeto de colonização. Portanto, resolveram acamparam as margens da BR 364, nas proximidades do igarapé Pirarará.
Em 16 de junho de 1972, foi criado pelo INCRA o Projeto Integrado de Colonização Gy-Paraná (PIC Gy-Paraná) e implanta na região que deu origem a formação da cidade de Cacoal e das cidades de Ministro Andreazza, Rolim de Moura, Santa Luzia d'Oeste, Novo Horizonte do Oeste e Castanheiras.
Criado o projeto de colonização o INCRA constrói com madeiras, próximo da BR 364, diversas estruturas para instalação de escritórios, residências de funcionários, oficinas, alojamentos entre outros e instala a sede do Projeto Integrado de Colonização Gy-Paraná.
A implantação do projeto de colonização agrícola ocasiona a atração de migrantes de diversas regiões brasileiras, mais principalmente de paranaenses, capixaba e minérios com destino a região de Cacoal.
Caminhões Pau-de-Arara procedentes principalmente das regiões, sul e sudeste do Brasil, chegavam carregados com 2, 3, 4, ou mais famílias que acreditando na propaganda oficial migravam para o então Território Federal de Rondônia a procura de lotes rurais. Na época, Rondônia foi intitulada de Novo Eldorado.
O povoado que no início foi denominado Nova Cassilândia era um canteiro de obras, serrotes serrando madeiras e martelo pregando pregos era os sons que se ouvia principalmente à noite, porque no começo os administradores do projeto de colonização não aceitavam o surgimento de um povoado.
Nascia ai a Avenida 7 de Setembro, que naquela ocasião era uma linha imaginário, demarcada pelo serviço de topografia e a cada 500 metros a cada lada era um lote rural doado pelo INCRA. Hoje a Avenida 7 de Setembro é uma das mais importantes da cidade de Cacoal.
Criação do Município
O município Cacoal foi criado em 11 de outubro de 1977, pela Lei nº 6.448, artigo 47º, sancionada pelo presidente Ernesto Geisel. O território do município foi formado com área desmembrada do município Porto Velho. Na época da criação do município Cacoal, os limites abrangiam os atuais municípios de Rolim de Moura, Santa Luzia d'Oeste, Novo Horizonte do Oestes, Castanheiras e Ministro Andreazza.
Para administrar o município Cacoal, na fase de preparação para a sua instalação, o governador do Território Federal de Rondônia, coronel Humberto da Silva Guedes, nomeou prefeito Catarino Cardoso dos Santos, em 26 de novembro de 1977 que administrou até 19 de abril de 1978. Francisco Reginaldo Joca, segundo prefeito, foi nomeado em 20 de abril de 1978 e administrou até abril de 1980. Clodoaldo Nunes de Almeida Neto, terceiro prefeito, foi nomeado em abril de 1980, pelo governador coronel Jorge Teixeira de Oliveira e administrou até 31 de janeiro de 1983.
O município Cacoal foi instalado em 1º de fevereiro de 1983 com a posse dos vereadores, do prefeito e do vice-prefeito eleitos em 1982.
As primeiras eleições municipais em Cacoal foram realizadas em 15 de novembro de 1982, elegendo quinze vereadores o prefeito e o vice-prefeito, os eleitos foram empossados no cargo no dia 1º de fevereiro de 1983.
O território do município Cacoal, na ocasião de sua criação (11 de outubro de 1977) e de sua instalação (1º de fevereiro de 1983), abrangia as áreas os atuais Rolim de Moura, Santa Luzia d'Oeste, Novo Horizonte do Oeste e Castanheiras, essa região foi desmembrada do município Cacoal em 5 de agosto de 1983 com a criação do município Rolim de Moura e, no dia 13 de fevereiro de 1992 ocorreu a criação do município Ministro Andreazza, e seu território foi formado com área desmembrada do município Cacoal.
O gentílico, natural ou habitante, do município Cacoal é cacoalense. (Fonte: IBGE).
Prefeitos Nomeados
Catarino Cardoso dos Santos, em 26 de novembro de 1977 a 19 de abril de 1978.
Francisco Reginaldo Joca, de 20 de abril de 1978 a abril de 1980.
Clodoaldo Nunes de Almeida Neto, de abril de 1980 a 31 de janeiro de 1983.
Prefeitos eleitos
Primeiro prefeito, Josino Brito, eleito em 15 de novembro de 1982 foi empossado no cargo dia 1º de fevereiro de 1983 e concluiu o mandato em 31 de janeiro de 1988.
Segundo prefeito, Divino Cardoso Campos, eleito em 15 de novembro de 1988 foi empossado no cargo dia 1º de janeiro de 1989 e concluiu o mandato em 31 de dezembro de 1992.
Terceiro prefeito, Orlandino Ragnini, eleito em 4 de outubro de 1992 foi empossado no cargo dia 1º de janeiro de 1993 e concluiu o mandato em 31 de dezembro de 1996.
Quarto prefeito, Divino Cardoso Campos, eleito para um segundo mandato em 6 de outubro de 1996 foi empossado no cargo dia 1º de janeiro de 1997, concluiu o mandato em 31 de dezembro de 2000.
Quinto prefeito, Sueli Alves Aragão, eleita em 1º de outubro de 2000 foi empossado no cargo dia janeiro de 2001, concluiu o mandato em 31 de dezembro de 2004.
Sexto prefeito, Sueli Alves Aragão, reeleita em 3 de outubro de 2004 foi empossada no cargo, para o segundo mandato, em 1º de janeiro de 2005, concluiu em 31 de dezembro de 2008.
Sétimo prefeito, Francesco Vialetto, eleito em 5 de outubro de 2008 foi empossado no cargo dia 1º de janeiro de 2009. Seu mandato terminará dia 31 de dezembro de 2012.
Oitavo prefeito, Francesco Vialetto, em 7 de outubro de 2012, foi eleito para um segundo mandato, empossado no cargo dia 1º de janeiro de 2013, concluiu a gestão dia 31 de dezembro de 2012.
Nono prefeito: Glaucione Maria Rodrigues Neri, foi eleita em 2 de outubro de 2016 e empossada no cargo de prefeito dia 1º de janeiro de 2017. Glaucione em 25 de setembro de 2020 foi presa e afastada do cargo, assumiu o presidente da Câmara Municipal vereador ------------------- que concluiu o mandato em 31 de dezembro de 2020.
Décimo prefeito: Adailton Antunes Ferreira (Adailton Furia) eleito em 4 de outubro de 2020 e empossado no cargo dia 1 º de janeiro de 2021, com mandato a ser concluído em 31 de dezembro de 2024.
Poder Judiciário, Comarca
A Comarca de Cacoal, de segunda entrância, foi criada pelo art. 157 do Decreto-Lei nº 008/82 e instalada em 28 de junho de 1982, com uma Vara Cível e uma Criminal e jurisdição que abrangia os atuais municípios de Cacoal, Ministro Andreazza, Rolim de Moura, Santa Luzia d'Oeste, Novo Horizonte do Oeste, Castanheiras e Nova Brasilândia d'Oeste. Atualmente, a jurisdição abrange os municípios de Cacoal e Ministro Andreazza. Em 05 de dezembro de 2003 foi instalada a 3ª Vara Cível e, em 29 de setembro de 2005, a Vara dos Juizados Especiais Cíveis e Criminal.
Dr. Renato Martins Mimessi (hoje, Desembargador) foi o primeiro Juiz de Direito da Comarca de Cacoal, esteve no cargo entre 1982/1983, foi também o primeiro Juiz Eleitoral no município Cacoal.
Poder Legislativo / Câmara Municipal
A Câmara Municipal de Cacoal foi instalada no dia 1º de fevereiro de 1983, com a posse dos vereadores eleitos em 15 de novembro de 1982.
Em cumprimento ao artigo 10, da Lei 6.448/1977, o Dr. Renato Martins Mimessi, Juiz de Direito da Comarca de Cacoal, presidiu a primeira sessão solene da Câmara Municipal de Cacoal.
O Juiz de Direito, Dr. Renato Martins Mimessi sancionou a resolução 01/1983 instalando a Câmara Municipal de Cacoal e constituindo a sua Mesa Diretora Provisória, em seguido foi dado posse aos vereadores e no final da sessão solene o Dr. Renato Martins Mimessi declarou instalado o município Cacoal, no estado de Rondônia.
A composição da Primeira Legislatura da Câmara Municipal de Cacoal foi de 15 vereadores, que tiveram a missão de elaborar e promulgar a Lei Orgânica do município.
Com a promulgação da Constituição brasileira de 1988 e da Constituição do Estado de Rondônia em 1989 foi necessário elaborar uma nova Lei Orgânica do município.
A Lei Orgânica do Município Cacoal, em vigor, com diversas emendas, foi promulgada em 26 de março de 1990. O vereador Carlos Alberto Biazi, advogado, formado pela Faculdade de Direito de Curitiba, PR, foi o relator geral da Lei Orgânica do município Cacoal.
A Emenda à Lei Orgânica nº 03/1992 fixou a composição da Câmara Municipal de Cacoal em 15 vereadores. Foi a primeira câmara a adotar a quantidade de vereador com base na quantidade de habitantes. Na ocasião, presidia o Legislativo o vereador Carlos Alberto Biazi.
História da Educação
Nova Cassilândia
A escola iniciou suas atividades no dia 14 de fevereiro de 1994, nas instalações da Igreja Assembleia de Deus
Educação / Primeira Escola / Primeiras Professoras
No ano de 1972, procedente do estado de Mato Grosso chega à margem do igarapé Pirarara Maria Rosa de Almeida que era professora na região de Rondonópolis. Observando a necessidade foi organizado uma turma de crianças e com a participação de pais, deu início ao sistema de ensino na região. A professora Maria Rosa de Almeida era da Igreja Assembleia de Deus e o pastor deu apoio e autorizou provisoriamente o uso da igreja para ser utilizada como sala de aula. Foram as primeiras professoras em Cacoal Maria Rosa de Almeida, Coleta Machado de Almeida, Francinete Lima d'Ávila e Maria Rosa de Almeida.
A Igreja Assembleia de Deus que era utilizada como escola estava situada no local que hoje é a Avenida Porto Velho, na sob esquina com a BR 364. Na ocasião, ainda não havia ruas e o povoado era denominado Nova Cassilândia.
A primeira escola em Cacoal, Escola Isolada José de Almeida e Silva, foi criada por decreto do governo do Território Federal de Rondônia, em 7 de novembro de 1972. Para a instalação da escola os colonos, migrantes, construíram em mutirão um barracão de madeira rústica ou palafita, na linha 7, atualmente, Avenida 7 de Setembro.
As professoras Maria Rosa de Almeida, Coleta Machado de Almeida, Francinete Lima d'Ávila foram quem iniciaram o sistema de ensino em Cacoal. No início eram professoras voluntárias e posteriormente contratadas pela Divisão Escolar e Cultural da Secretaria de Educação, Saúde e Serviços Sociais do Governo do Território Federal de Rondônia.
*O autor do texto esteve com um aluno da primeira turma, em 1972.
História da Saúde
No início da formação da cidade de Cacoal, ano de 1972, Aldina Kister atendia na condição de parteira e enfermeira aos habitantes.
Hildevar Munin, concluiu a faculdade de medicina e migrou, em 1973, para o povoado que deu origem à cidade de Cacoal. Em 1974, Dr. Hildevar instala o Hospital São Luiz. No ano de 1975, chega a Cacoal o médico Adegildo Aristides Ferreira, que em 1976, instala o Hospital São Francisco.
Vale lembrar que naquela época tudo era improvisado, a estrutura do hospital construída com madeira, não havia laboratório e muitas das vezes cirurgia era realizada a luz de vela, ou com farolete, porque faltava energia e, a agua para beber ou lavar era tirada de poço, com balde.
Na década de 1970, havia a Fundação Serviço de Saúde Pública - SESP. Naquela época Rondônia era Território Federal e a SESP era ligado ao Ministério da Saúde.
O médico Dr. Adegildo vendeu o Hospital São Francisco para o governo de Rondônia, que passa a ter a denominação Centro de Saúde. Com a Constituição Federal de 1988 foi instituído o SUS Sistema único de Saúde e nas cidades foram criadas as Unidades Mistas de Saúde, de competência administrativa do município.
Na cidade de Cacoal a Unidade Mista de Saúde, de responsabilidade da administração municipal (prefeitura), foi instalada na Avenida 2 de Junho, no centro da cidade.
A estrutura de instalação da Unidade Mista de Saúde de Cacoal foi deteriorando-se e o atendimento passou a ser precário, o pronto-socorro não oferecia mais condições mínimas para o atendimento. Portanto, o judiciário determina a interdição da unidade de saúde.
O prefeito, padre Francesco Vialeto (popular Padre Franco) precisava cumprir uma solicitação judicial, desativar o pronto-socorro da Unidade Mista de Saúde.
No dia 28 de setembro de 2014, o prefeito por decreto requisita o uso parcial do Complexo São Daniel Comboni, bem como benfeitorias, móveis, equipamentos, e demais bens necessários. Na madrugada do dia 29 do mesmo mês e ano, o prefeito transfere o pronto-socorro municipal, pacientes e servidores para pavilhão do complexo São Daniel Comboni. O prefeito realizou uma ocupação de espaço filantrópico para acomodar o serviço municipal de saúde, isso porque ele não tinha autorização da ASSDACO
Hospital de Urgência e Emergência de Rondônia – HEURO
A Unidade Mista de Saúde de Cacoal foi transferida para a estrutura do Complexo São Daniel Comboni, porém, a decisão judicial indicava para que o governo do Estado assumisse a responsabilidade administrativa. Portanto, ocorreu um acordo judicial entre o município de Cacoal e o estado de Rondônia.
A Secretária de Estado da Saúde - SESAU assumiu a administração e foi alterada a denominação, criando o Hospital de Emergência e Urgência de Rondônia - HEURO.
Hospital Regional de Cacoal – HRC
No ano de 1991 foi iniciada a obra de construção da estrutura física do Hospital Regional de Cacoal. Dois anos após o início da construção (1993) a obra foi paralisada. Posteriormente reiniciada e novamente suspensas no período de 1996 a 1998. Ocorreu novo reinicio e no ano de 2002 a construção sofreu nova interrupção, devido a diversas irregularidades constatadas pelo Tribunal de Contas da União. No período, entre o início da obra, 1991, e dezembro de 2008, os investimentos para a construção do Hospital Regional de Cacoal eram oriundos do governo federal. No ano de 2008, em função do acordo com o Consórcio Santo Antônio Energia S/A, foi possível a conclusão das obras estruturais para a instalação do HRC.
Ao longo de 18 anos entre obra paralisada por sucessivas ações de irregularidades e burocracias, a obra de construção do HRC foi retomada no ano de 2009 com investimento de recursos financeiros de compensação das obras das usinas hidrelétricas no Rio Madeira, em Porto Velho, e concluída em 2010. Inicialmente mantido com recursos do Estado e com convênios da União.
O Hospital Regional de Cacoal - HRC, inaugurado em agosto de 2010 foi credenciado junto ao Sistema Único de Saúde - SUS em abril de 2015.
Complexo Daniel Comboni
No mês de dezembro de 2003, o padre Francesco Vialetto inicia um projeto voluntário de construção de um hospital que foi denominado Hospital São Daniel Comboni e, para desenvolver o projeto foi criada a Associação Assistencial à Saúde São Daniel Comboni - ASSDACO, que hoje administra o complexo. Nesse projeto hospitalar o interessante foi à participação da população cacoalense que contribuiu com recursos financeiros e serviços, o senhor João Pichek doou o terreno e o projeto recebeu apoio das ONGs Italianas.
Inaugurado em outubro de 2011 o centro oncológico, em um primeiro momento, atendia pacientes inteiramente de maneira gratuita. A partir de julho de 2012 assinou um convenio com o governo do Estado de Rondônia e, em maio de 2014, através de um convenio entre o Ministério da Saúde, Governo do Estado e ASSDACO, foi credenciado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que garantiu todo atendimento em sua complexidade.
A ASSDACO, presidida pelo Dr. Claudemir Borghi e o Centro Oncológico é coordenado pelo Dr. Olamir Rossini Junior que assinou um contrato por trinta anos para prestar os serviços de quimioterapia e radioterapia do complexo hospitalar.
Em novembro de 2015 é inaugurado, também, o centro de Cateterismo cardíaco coordenado pelo Dr. Alex Sandro dos Santos Carvalho atendendo os pacientes pelo sistema SUS, através de convenio com o governo do Estado.
Em abril de 2015, dentro das instalações do complexo São Daniel Comboni, o governo do Estado inaugura o HEURO (Hospital de Emergência e Urgência de Rondônia), para atender as urgências de Cacoal e região.
A estrutura física do complexo hospitalar São Daniel Comboni é composta com oito pavilhões e um corredor central, distribuídos em 2 pavilhões oncológicos, um pavilhão para exames cardiológicos (cateterismo cardíaco), um pavilhão com centro radiológico, um centro cirúrgico, um pronto socorro atualmente ocupado pelo HEURO (Hospital de Emergência e Urgência de Rondônia) e enfermarias de apoio. Faz parte do complexo São Daniel Comboni uma casa de apoio para pessoas em tratamento, incluindo acompanhantes.
Representação Política História
O território do atual município Cacoal, até 11 de outubro de 1977, pertencia ao município Porto Velho. João Gonzaga, filiado ao partido político MDB (hoje, PMDB), nas eleições de 1976, com 691 votos, foi eleito vereador para a Câmara Municipal de Porto Velho. Portanto, o vereador João Gonzaga representava a população de Cacoal.
Eleições de 1982. José Ronaldo Aragão, PMDB, com 3.638 votos e José Zuca Marcolino Sobrinho, PDS, com 3.144 votos, foram eleitos deputados estaduais.
Eleições de 1986. Pedro Kemper, PMDB, com 6.240 votos; Acelino Luiz Marcom, PMDB, 4.849 votos; Neri Firigolo, PT, 1.752 votos e Luiz Gonzaga da Costa, PDS, 3.129 votos foram eleitos deputados estaduais e José Ronaldo Aragão, PMDB, com 59.007 votos foi eleito senador.
Eleições de 1990. Nério Lourenço Bianchini, PT, 1.728 votos foi eleito deputado estadual e Jabes Pinto Rabelo, PTB, 11.002 votos foi eleito deputado federal.
Eleições de 1994. Sueli Alves Aragão, PMDB, com 3.157 votos foi eleita deputada estadual.
Eleições de 1998. Sueli Alves Aragão, PMDB, 10.941 votos; José Emilio Paulista Mancuso de Almeida, PFL, 4.065 votos foram eleitos deputados estaduais e Nilton Balbino (Nilton Capixaba) PTB, 15.220 votos foi eleito deputado federal.
Eleições de 2002. José Emilio Paulista Mancuso de Almeida, PPS, 7.731 votos; Daniel Neri de Oliveira, PSDB, 5.071 votos e Neri Firigolo, PT, 4.378 votos forma eleitos deputados estaduais e Nilton Balbino (Nilton Capixaba) PTB, 36.129 votos foi eleito deputado federal.
Eleições de 2006. Neri Firigolo, PT, 6.038 votos; Valdivino Rodrigues de Almeida (Tucura), PRP, 4.402 votos foram eleitos deputados estaduais.
Eleições de 2010. Valdivino Rodrigues de Almeida (Tucura); PRP, 9.684 votos e Glaucione Maria Rodrigues, PSDC, 15.822 votos foram eleitos deputados estaduais e Nilton Balbino (Nilton Capixaba) PTB, 52.017 votos eleito deputado federal.
Representação Política Atualidade
Nilton Balbino (Nilton Capixaba) desde 1998 filiado ao partido político PTB/RO, foi eleito deputado federal em 1998, com 15.220 votos; em 2002 com 36.129 votos; em 2010 com 52.017 votos e no ano de 2014 com 42.353 votos.
Entre as principais ações do deputado Nilton Capixaba PTB/RO destacam-se a construção do Aeroporto Capital do Café, a inauguração do Hospital Regional de Cacoal - HRC, a instalação do Hospital de Emergência e Urgência de Rondônia - HEURO, e com diversas indicações de emendas parlamentares para aquisição de equipamentos para o Hospital Regional de Cacoal e para o HEURO, como máquinas de hemodiálise, endoscopia, ressonância magnética, ultrassom e na implantação de 10 UTI's Neonatal.
Glaucione Maria Rodrigues, funcionária pública municipal, nas eleições de 2004 foi eleita pelo PMDB vereadora para a Câmara Municipal de Cacoal, obteve 3.268 votos. Nas eleições de 2010, foi eleita deputada estadual, pelo PSDC, com 15.822 votos; nas eleições de 2014 pelo PSDC, com 18.121 votos foi eleita para um segundo mandato de deputada estadual.
Mauro de Carvalho (Maurão de Carvalho) que também é da região de Cacoal, em 1998, pelo PSDB, foi eleito deputado estadual com 5.078 votos; no ano de 2002, pelo PPB, foi eleito com 10.336 votos; no ano de 2006, pelo PP, eleito com 6.528 votos; no ano de 2010, pelo PP, eleito com 13.902 votos e no ano de 2014, pelo PP foi eleito com 16.249 votos.
Aeroporto Capital do Café
A primeira pista de pouso e decolagem de aeronaves na cidade de Cacoal era situada no local onde hoje está a Avenida 2 de Junho, próximo da praça da igreja. Ela existiu no final da década de 1970. As margens da avenida passaram a ser ocupada com residências e comercio. Portanto, quando chegava um avião ele fazia um voo rasante informando que iria pousar assim a população esvaziava a via. No início dos anos de 1980 foi construída uma nova pista de pouso que ficava onde hoje está o bairro Bandeirante. Ainda, na década de 1980 foi construído um aeroporto, o local hoje está entre os bairros Vista Alegre e Greenville.
O projeto para a construção do Aeroporto Capital de Café, na cidade de Cacoal, foi idealizado pelo deputado federal Nilton Capixaba (PTB/RO). A iniciativa foi apresentada ao presidente Fernando Henrique Cardoso em audiência no ano de 2002. A obra de construção foi iniciada no ano de 2005 e paralisada por diversas vezes.
O Aeroporto Capital de Café foi inaugurado no dia 27 de março de 2010, situado a aproximadamente oito quilômetros do centra da cidade de Cacoal e a 249 metros de altitude, possui uma pista de pousos e decolagens, pavimentada, com 2100 metros.
O deputado federal Nilton Capixaba (PTB/RO) foi decisivo para a existência do Aeroporto de Cacoal, indicando emendas parlamentar para a implantação do Aeroporto e da mesma forma lutou para incluir o serviço diário de transporte de passageiros.
A empresa Trip Linhas Aéreas iniciou as operações no Aeroporto Capital do Café no dia 27 de dezembro de 2011. Trecho Cacoal a Cuiabá com conexões para o restante do Brasil. O início de atividades regulares ocorreu a quase dois anos após a inauguração do aeroporto.
No dia 05 de agosto de 2013, a cidade de Cacoal iniciou a receber voo diário da empresa Azul Linhas Aéreas, o Jato 175, com capacidade para 86 passageiros na rota Cacoal, RO / Cuiabá, MT.
O aeroporto de Cacoal, moderno e funcional, foi o único a ser construído em cidade do interior de estado, nos últimos 30 anos, devido às exigências estabelecidas pelos órgãos competentes como a ANAC e a Secretaria de Aviação Civil - SAC.
O antigo aeroporto de Cacoal foi desativado por resolução da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), de 03 de junho de 2009. Portanto, nove meses antes da inauguração do Aeroporto Capital de Café.